Nosso filho é o discÃpulo amado que Deus pôs ao alcance do nosso coração enternecido, no entanto, a nossa tarefa não pode ir além daquele amor que o Pai propicia a todos, ensinando, corrigindo e educando através da disciplina para a felicidade.
Mostremos-lhe a vida, mas deixemo-lo viver.
Falemos-lhe das trevas, mas demos-lhe a luz do conhecimento.
Mandemo-lo à escola, mas façamo-nos mestres dele no lar.
Apresentemos-lhe o mundo, mas deixemo-lo construir o próprio mundo.
Tomemos-lhe as mãos e as coloquemos no trabalho, ensinando com o nosso exemplo, mas não lhe desenvolvamos a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.
Cumpramos o nosso dever amando-o, mas exercitemos o nosso amor ensinando-o a amar e fazendo que no serviço superior ele se faça um homem para que o possamos bendizer, mais tarde.
Nosso filho é semente divina; não lhe neguemos, por falso carinho, a cova escura da fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais será fonte de vida.
Nosso filho é a esperança do mundo; não o asfixiemos no egoÃsmo dos nossos anseios, esquecendo-nos de que viemos à Terra sem ele e retornaremos igualmente a sós, entregando-o a Deus conforme as Leis sábias e justas da Criação. Divaldo Pereira Franco